Criado em 1991, o Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, tem como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e do tratamento desta doença que atinge cerca de 17 milhões de brasileiros, segundo dados do Atlas IDF 2019.  

O diabetes tem potencial de desenvolvimento de uma série de comorbidades, sendo uma delas a neuropatia diabética, uma das sequelas mais debilitantes e caracterizada por dores intensas.  

A neuropatia diabética se dá pelo comprometimento dos nervos periféricos, que causam grande sensibilidade aos membros, especialmente pernas e pés, com sintomas em forma de queimação, choque e ardor.  

É possível prevenir a neuropatia diabética?  

Apesar de fazer parte do processo evolutivo do diabetes, a neuropatia diabética pode ser evitada ou pode ter seu desenvolvimento contido por meio de alguns cuidados importantes, a começar pelo correto tratamento da doença de base, o diabetes. 

Dessa maneira, o controle rígido da glicemia, o uso de calçados adequados com palmilhas especiais, atividade física bem orientada, alimentação adequada e a ingestão de vitaminas que ajudem na permeabilização da membrana que envolve o nervo, são algumas das precauções que podem ser tomadas.  

Diagnóstico da neuropatia diabética 

O diagnóstico da neuropatia diabética é inicialmente clínico, com base nos sintomas e das evoluções da sua doença de base. Para além de exames de checagem de reflexos, o tônus muscular, sensibilidade dos membros ao toque, temperatura, outros recursos são importantes.  

A eletroneuromiografia é um exame que também pode acrescentar em dados objetivos para a confirmação do diagnóstico da polineuropatia periférica metabólica. 

Qual o tratamento da neuropatia diabética? 

No campo dos sintomas dolorosos, o tratamento consiste no uso de medicamentos orais e injetáveis que atuam no sistema supressor da dor. 

Em casos mais complexos, o implante de neuroestimulador medular e o implante de bombas de opioides são recomendados por conseguirem atuar na melhora da condição dolorosa e na microcirculação periférica, em casos de diabéticos crônicos.  

Em meu podcast Neuro em Dia, tive a oportunidade de detalhar sobre todos os tratamentos da neuropatia diabética. Basta clicar no link acima para ouvir.