Os movimentos involuntários ou anormais, como também são chamados, provocam contrações musculares, tremores ou enrijecimento das pernas, braços, mãos, cabeça, face e pescoço, comprometendo funções básicas e gerando constrangimentos que por consequência levam ao isolamento social e à depressão.

Originados a partir de um desequilíbrio no controle neuromuscular desencadeado por causas diversas, algumas delas não identificadas, os movimentos involuntários estão presentes na doença de Parkinson,  coréia de Huntington, distonias e tremor essencial.

O tratamento varia de acordo com o tipo de doença e seu estágio de evolução, compreendendo medicações específicas, reabilitação física, fonoaudiologia, terapia mental e cirurgias que focam, especialmente, na melhora dos sintomas motores, que são os mais limitantes, segundo relato das maiorias dos pacientes.

Dentre as técnicas mais eficientes e seguras para o tratamento dos sintomas motores está a estimulação cerebral profunda, tradução de Deep Brain Stimulation, que consiste na neuromodulação das regiões do encéfalo ligadas aos movimentos, por meio de implante de eletrodos na cabeça (iguais aos usados em cirurgias de implante de marca-passo). Minimamente invasivo e com resultados bastante expressivos, o método ainda tem o benefício de não lesar estruturas do cérebro, sendo totalmente reversível, caso necessário.