Os tumores cerebrais – também conhecidos como neoplasia intracraniana ou neoplasia (maligna ou benigna) do encéfalo, estão entre a sexta e a oitava causa mais frequentes das lesões intracranianas nos adultos e a segunda causa mais comum de doença neurológica crônica em crianças.

O câncer cerebral é a consequência da multiplicação desordenada das células no interior da caixa craniana (cabeça). Essas células, por sua vez, podem se originar no próprio cérebro, nas membranas que recobrem o cérebro, nas bainhas dos nervos, ou até mesmo em outros órgãos/tecidos que podem se disseminar pelo sangue (metástase).

Por conta de sua localização, quando maligna, a doença costuma apresentar grande complexidade e riscos, podendo comprometer as funções das pessoas acometidas. No entanto, com o avanço da medicina já é possível aumentar as chances de cura ou a expectativa de vida e ajudar os pacientes a viver com mais qualidade.

As causas do câncer cerebral podem ser variadas, como por exemplo por fatores genéticos e em consequência de radiações usadas para tratar o próprio câncer em outras regiões. Incide igualmente em homens e mulheres e como principais sintomas, apresenta:

  • Dor de cabeça inesperada (principalmente pela manhã) e com características diferentes das normalmente sentidas;
  • Vômitos em jato;
  • Tontura;
  • Perda de coordenação motora, de visão, de audição e de força em um lado do corpo;
  • Alteração de sensibilidade em partes do corpo.

Importante! A dor de cabeça frequente, de intensidade moderada, pode ser um sintoma inicial, por isso é bom ficar atento ao período em que elas ocorrem. Percebeu que elas aparecem mais de três vezes na semana? Então pode ser conveniente conversar com um neurologista para que ele possa solicitar exames para investigação. Evite a automedicação, pois ela pode camuflar os sintomas e comprometer o prognóstico.

O tumor ou câncer cerebral é tratado de acordo com o tipo do tumor, localização e seu estágio, compreendendo um arsenal medicamentoso/quimioterápico e também procedimentos cirúrgicos para a sua redução ou extração.

A neurocirurgia atua ressecando o tumor, podendo ser guiada por estereotaxia ou neuronavegação, métodos estes que ampliam a precisão dos procedimentos e a redução das complicações operatórias. Nesse caso, o cirurgião mapeia o volume tumoral, ressecando-o com a menor morbidade, para evitar danos em áreas normais adjacentes a sua localização.

Um dos mais eficientes métodos de tratamento dos tumores malignos é a braquiterapia, especialmente nos casos de retorno da doença. A técnica, à base de isótopos implantados no interior do tumor, utiliza baixa taxa de radiação, distribuída contínua e uniformemente.