Considerada a quarta maior causa de morbidade e mortalidade no mundo e também a terceira responsável pelo suicídio de adolescentes e adultos jovens nos Estados Unidos, a depressão incapacita 90% das pessoas que sofrem com o problema, interferindo em atividades do trabalho, de casa e em relacionamentos interpessoais.
Geralmente confundida com tristeza, a depressão tem sintomas mais abrangentes e persistentes, sendo os principais:
- Humor triste, ansiedade ou “vazio” persistente;
- Sentimentos de desesperança ou pessimismo;
- Irritabilidade;
- Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo;
- Desinteresse ou perda de prazer pela vida;
- Fadiga ou diminuição da energia;
- Fala e/ou movimentos mais lentos;
- Inquietação e dificuldade de concentração;
- Sono irregular (excesso ou falta);
- Alteração de peso e apetite (excesso ou falta);
- Pensamentos de morte e tentativas de suicídio;
- Dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e que não aliviam mesmo com o tratamento.
Além dos tratamentos ancorados na psicologia e na psiquiatria, sendo este último aliado com medicamentos específicos, mais recentemente a depressão tem na neurocirurgia um aliado para os casos resistentes aos tratamentos convencionais.
Com o nome de neuroestimulação cerebral profunda o procedimento atua modulando as regiões do encéfalo ligadas às emoções através de eletrodos implantados na cabeça (iguais aos usados em cirurgias de marca-passo). Minimamente invasivo e com resultados bastante expressivos, o método ainda tem o benefício de não lesar estruturas do cérebro, sendo totalmente reversível, se necessário.