A dor  lombar, junto a outras regiões da coluna, é a segunda que mais acomete os brasileiros. Por este motivo, recebe atenção de diversas frentes de tratamento, que vão de métodos clínicos a cirúrgicos.

Em ambas as opções, o objetivo é atenuar ou curar grande parte das ocorrências. No entanto,  há situações em que a dor persiste mesmo após a realização da cirurgia. Os casos mais comuns se concentram na síndrome pós-laminectomia.

Embora tenha múltiplas origens, a causa mais frequente da síndrome está relacionada a casos cirúrgicos para a hérnia de disco. Nos Estados Unidos, por exemplo, ela representa cerca de 40% das cirurgias que não obtiveram sucesso na eliminação ou alívio da dor. E, apesar de ainda ser em menores índices em relação às outras patologias, o problema merece atenção pois influencia a qualidade de vida de cerca de 40 a 80% das pessoas com lombalgia.

Dentre os tratamentos auxiliares a adotar estão dois procedimentos neuroaumentativos: a neuroestimulação medular espinhal e o implante de bomba de infusão de drogas analgésicas.

Os procedimentos

A neuroestimulação medular espinhal se dá pelo implante de fios flexíveis e finos com condutores elétricos, os eletrodos, sendo a posição determinada de acordo com a localização da dor de cada paciente. Sob a pele e ao nível da coluna, os fios sãos ligados a um gerador, posicionado também abaixo da pele, na região inferior a clavícula ou no abdômen. Assim, é possível programar a corrente elétrica às regiões medulares, promovendo a inibição da dor e uma melhora no bem-estar.

O procedimento do implante de bombas de infusão de drogas se dá pela inserção de um cateter, um tubo fino e flexível, na coluna vertebral. Conectado a um reservatório (bomba de analgésico) localizado abaixo da pele do abdômen, esses dispositivos implantáveis enviam medicação contra a dor diretamente ao fluido ao redor da coluna, gerando o alívio do quadro doloroso. O procedimento é simples e a liberação do analgésico ocorre continuamente, conforme programação feita pelo médico.

A vantagem dos dois procedimentos é que não lesam estruturas e são reversíveis. Ambos oferecem resultados positivos, variando os percentuais de acordo com o perfil da doença e do paciente, mas sempre com ganho de qualidade de vida.